Alerta sobre a diferença entre superação e heroísmo!!!
Hoje, por um acaso, vi o depoimento da atriz Ana Beatriz Nogueira que, após nove anos do diagnóstico de esclerose múltipla, resolveu falar publicamente sobre o assunto.
Alguns detalhes me chamaram a atenção: ela não revelou antes por medo de ter a carreira prejudicada e por não saber como seria a evolução da doença.
Doenças como esclerose múltipla e síndromes parkinsonianas têm sintomas múltiplos, são de difícil diagnóstico, evolução diferenciada, formas mais brandas e formas mais agressivas,...
A atriz expôs sua experiência com a intenção de mostrar que é possível ter qualidade de vida após o diagnóstico de uma doença grave e ainda sem cura.
Disse que gostaria de ter conhecido depoimentos como este quando iniciou o tratamento.
Falou sobre a importância da informação, de um tratamento personalizado e da realização de exercícios físicos para tentar conter o avanço da doença.
Ressaltou que superação é importante, mas que a cobrança por atitudes heroicas pode ser cruel.
Como portadora de uma doença grave (no meu caso, assim como no da atriz, em uma versão mais branda e de evolução mais lenta) acho importantíssimo falar abertamente sobre o assunto, passar informação e esperança a outros portadores, porém, me sinto na obrigação de lembrar, que num momento de caça às bruxas como o atual, não podemos comparar casos sob pena de condenar portadores de doenças graves, com evolução rápida e sem condições financeiras de custear tratamento médico de qualidade a trabalhar sem direito à aposentadoria com um discurso de superação.
Alguns detalhes me chamaram a atenção: ela não revelou antes por medo de ter a carreira prejudicada e por não saber como seria a evolução da doença.
Doenças como esclerose múltipla e síndromes parkinsonianas têm sintomas múltiplos, são de difícil diagnóstico, evolução diferenciada, formas mais brandas e formas mais agressivas,...
A atriz expôs sua experiência com a intenção de mostrar que é possível ter qualidade de vida após o diagnóstico de uma doença grave e ainda sem cura.
Disse que gostaria de ter conhecido depoimentos como este quando iniciou o tratamento.
Falou sobre a importância da informação, de um tratamento personalizado e da realização de exercícios físicos para tentar conter o avanço da doença.
Ressaltou que superação é importante, mas que a cobrança por atitudes heroicas pode ser cruel.
Como portadora de uma doença grave (no meu caso, assim como no da atriz, em uma versão mais branda e de evolução mais lenta) acho importantíssimo falar abertamente sobre o assunto, passar informação e esperança a outros portadores, porém, me sinto na obrigação de lembrar, que num momento de caça às bruxas como o atual, não podemos comparar casos sob pena de condenar portadores de doenças graves, com evolução rápida e sem condições financeiras de custear tratamento médico de qualidade a trabalhar sem direito à aposentadoria com um discurso de superação.
Para um portador de doença grave o esforço diário de lutar contra a doença já é superação.
Super-heróis devem ficar na ficção.
Super-heróis devem ficar na ficção.
Texto: Koka Keiber
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